Sunday 29 August 2010

"Devemos dar à morte um nome melhor. Ou morrer tentado"

Em baixo, um excerto de uma entrevista a Terence McKenna, em que o neo-xamã (entre muitas outras coisas) emite sua opinião acerca do que ele pensa que acontece no momento da chamada morte:

O que eu imagino que aconteça é que, para o "eu", o tempo comece fluindo para trás. Ainda antes do momento exacto da morte, o ato de morrer é o ato de reviver toda uma vida, e no final do processo de morte, a consciência se divide na consciência de nossos pais e filhos - depois, se move através dessas modalidades, e depois se divide novamente. Se move no futuro através das pessoas que vêm depois de você, e para trás, no passado, através de seus antepassados. Quanto mais longe se encontra o momento da morte, mais rápido ela se move, sendo que após um certo período de tempo - os tibetanos dizem se tratar de 42 dias - você se encontra conectado a tudo o que já viveu. A anterior existência assente no Ego foca desfocada e você volta ao oceano de onde veio, ao campo morfogenético ou ao Uno de Plotino, como você lhe quiser chamar. Uma pessoa é uma ilusão focada de existência, e a morte ocorre no preciso momento em que essa ilusão não mais pode ser sustentada. Depois tudo flui para longe desse estado de desequilíbrio, e é mantido por décadas. Mas finalmente, como todos os estados de desequilíbrio, tem de se entregar à Segunda Lei da Termodinâmica, e chegando a esse ponto, seu caráter específico desaparece no caráter geral do mundo que o rodeia, retornando assim ao vácuo, ou plenum.





A frase que dá título a esse post foi proferida por Timothy Leary.

No comments:

Post a Comment